quarta-feira, 6 de junho de 2012

A perspectiva de Gonzaga quanto ao Nordeste


O afamado Luiz Gonzaga conviveu, quando infante, com a realidade seca e dura do sertão nordestino, essa terra que já havia conhecido nomes de grande prestígio como o eterno José de Alencar e o magnífico Castro Alves, mais uma vez nos deu a dádiva de poder conhecer a obra destes homens que não se esqueceram do Nordeste em seus corações e em suas obras, Alencar com a sua virgem dos lábios de mel, Castro Alves relembrando a sua terra que o tanto apaixonou quando infante, ou Luiz retratando as problemáticas e belezas não só de Pernambuco, mas do Nordeste como um todo, embora várias músicas cantadas por Luiz Gonzaga tenham sido compostas por Patativa do Assaré, coube a Luiz imprimir a estas os seus sentimentos, as conotações que eram necessárias, pois sua interpretação foi única.
Esse sertão cantado por Gonzaga é o sertão das secas com toda sua tristeza, mas também o sertão das meninas descobrindo o amor em toda a sua idealização, o sertão dos amores incompreendidos que possuem por mensageiros as aves a exemplo do sabiá, assim como Gonçalves Dias Luiz se apega a essa ave em seu momento de dor e saudade, e acima de tudo o sertão do viajante saudoso que relembra com uma dor no peito as belezas de sua terra, pois o próprio Luiz Gonzaga foi um viajante saudoso de sua terra de seu Nordeste.
Dentro do Sul e Nordeste do Brasil no ápice do ódio contra tudo que representasse o Nordeste, pois esses se esqueceram casualmente que também foram os nordestinos que construíram o que hoje eles são, Luiz poderia muito bem negar suas raízes e ninguém poderia acusá-lo, mas o que diferencia de tantos outros é que a despeito de tudo ele manteve intocado o sentimento, o afeto que ele sempre pelo seu Exu, pelo seu Pernambuco, pelo seu Nordeste. Por: José Benardi



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